Bactérias detetizadas e fusão entre o velho e o novo

Após especulações, Lucinha enfim de forma oficial deixa a oposição e segue sem grupo e sem pompa para o palanque verde.

(Foto redes sociais)

O que já era esperado foi oficializado de forma fotográfica nesta tarde de quarta-feira, 15 de janeiro de 2020. Bastou apenas duas semanas de uma nova década para que o discurso da política nova vinhesse a cair por terra. Lucinha Pereira com ou sem grupo agora faz parte da base jacaré.

Entre 2015 e 2016 durante a corrida pela prefeitura de Toritama, o atual Prefeito citou em entrevistas, que exterminaria as bactérias da política local, e poria fim a política velha com seu mega projeto de política nova. Naquela época, faziam parte da política velha, e estavam atuantes na disputa, os nomes de Lucinha Pereira, Odon Ferreira, Flávio Lima, e vários nomes que buscavam uma cadeira na Câmara de vereadores.

Ao vencer as eleições, a política nova deixou um pouco de lado o discurso conservador, e buscou nomes como o de Arimatea para a base. Quem mais velho que este nome poderia ser na política local. Este que só suportou 3 anos de ideologia nova, já que decidiu migrar para o oposto e disputar a prefeitura neste ano. E já que usa no seu slogan "Toritama feliz denovo" deve ser por que a velha política faz bem para ele.

E para o prefeito de discurso ríspido, afiado nas palavras de acusação e forte defensor da moral e da ética no ramo, bastou apenas 15 dias de uma nova década, exatos 3 anos depois das suas declarações, para aceitar do seu lado, nomes impuros, e caminhar com insetos repugnantes da velha política, que por hora se fez nova.

Em menos de 24h, sua excelência esteve ao lado do ex prefeito Flávio Lima, que se disse crente no trabalho realizado por seu sucessor verde, e na tarde seguinte, pousou para um retrato oficial, ao lado da também velha na política, dona Lucinha, que agora a tem como aliada.

Creio que as bactérias foram detetizadas, limpas, e arrebatadas para serem usadas em um novo palco político. Como mudam os pensamentos, ou como são engraçados os arquivos políticos, o que seria da história se a mente não fosse capaz de armazenar os acontecimentos marcantes.

Quem um dia criticou, escarneceu sobre nomes repugnados e desejou nunca está perto, como está hoje, aplaudindo a vinda de quem outrora não deveria passar nem na porta.