sábado, 3 de fevereiro de 2018

O milagre de Perpétua

O som do pífano pernambucano anunciava o recomeço de uma tradição, e o inicio da grandeza de um milagre trazido pelo Perpétuo Socorro de Maria.

(Foto: dispositivo móvel)
Já nem parecia como antes, uma festa que lotava ruas e encantava os fiéis, a mais tradicional de todas elas, que caminhava para um esquecimento talvez. E talvez mesmo nem tivéssemos mais uma Perpétua para chamar de Nossa, algo que se degradava e desapareceria tão qual tantas outras coisas desta terra, que já não mais fazem parte do cotidiano da Torre.
Mais como em toda situação de aflição ela é o Socorro, logo o soar do pífano reacendeu a esperança da tradição, de um terço dedilhado por senhoras e senhores que viram a tradição nascer, e por jovens que quase viram ela morrer. E sobre o vento que estendia a bandeira em sua honra, no céu de uma linda lua, aquela que está em seus pés, foi visto o povo de Deus aclamar e se alegrar com inicio de uma nova era áurea que traz renovo e esperança.
A cada eucaristia celebrada, a emoção de receber um Cristo que vive dentro do povo, sem escolher a cor ou as vestes, isso porque é uma festa única, de um banquete sem preconceitos.
E na hora festiva, o sino anunciava ao romper das zero hora que já era teu dia Perpétua, dia de fogos, de banda, de bandeiras no pátio e de tradições renovadas. Assim dava-se inicio a mais uma festa de 02 de fevereiro, com a Santa Missa, com terço, com fé e alegria. E o povo caminhou, lotou as ruas da cidade para mostrar sua fé, de pessoas descalças, de bandeiras na mão, de pele arrepiada, e boca cheia de orgulho. Ah..., e as pessoas com suas casas enfeitadas, bandeiras nas janelas, de fiel centenária assistindo na calçada o caminhar da procissão, de chuva de pétalas de rosas que desciam sobre a imagem, num andor florido como antigamente.
Foi lindo ver mais uma vez o pátio se preenchendo de pessoas das mais variadas posições sociais, que naquele momento, viram um só povo de Deus. E que emoção, os suspiros do coração quando o sino repicou e anunciou a chegada da procissão. É um toque que atravessa a história e nos passa um filme de emoções na cabeça, daqueles que já viram a festa do dia 02 em outros tempos.
A celebração foi linda, os aplausos e os vivas reacenderam o desejo de uma festa ainda maior, que possivelmente passará de um tríduo para uma novena. Isto pode ser sentido nos olhos lacrimejantes de um povo que ama sua Senhora, que aclama o ventre que acolheu o salvador.
Desta forma o relato é de amor, de quem não distingue a mãe pelo nome que tem, pois independente de qual seja teu nome, tua face e teu coração serão sempre os mesmos. Seja do Perpétuo ou da Conceição o povo te amará da mesma forma, pois se és a Senhora dos mil nomes o nosso coração deve ter espaço para cada um deles, como vós tem um espaço no teu, para cada um dos teus filhos.
No fim, os olhos de dois jovens derramaram as lágrimas que contam a emoção de mais uma página da história que se renova. Lágrimas de emoção e realização daquilo que duvidaram acontecer. E o abraço final dessas duas peças importantes, celebraram as correrias de realizar tão bela festa em tão  pouco tempo. É o sinal da comunhão entre Perpétua e Conceição, Padroeira e Co-Padroeira dos nossos corações.

Este foi o milagre do Perpétuo Socorro de Maria
Que sua festa seja tão qual o seu nome!

Por Jessé Aciole




2 comentários:

  1. Uau Jessé!!!!!!!!!! Conseguistes transmitir exatamente a emoção que foi vivida! Como é bom ver a tradição ser respeitada, vivida, renovada! Nossa Igreja é fantástica também por isso!! Muito bom seu texto, parabéns e que a Mãe do Socorro o socorra sempre!

    ResponderExcluir
  2. Estou emocionado com tal descriçao e demonstrações de amor e carinho pela senhora mãe de Jesus. Parabéns a todos de Toritama e ao meu querido e estimado amigo/irmao Douglas Tradição e fé. Viva a senhora do Perpétuo Socorro.

    ResponderExcluir